Sede: Escola de Belas Artes da UFMG.
Coordenação: Prof. Dr. Antonio Hildebrando
Co-coordenação: Prof. Ms. Eduardo dos Santos Andrade

segunda-feira, 14 de março de 2011

Eurípedes

“Eu represento os homens como devem ser, Eurípedes os representa como eles são”, Sófocles disse uma vez. Ele exemplificou o dito de Pitágoras a respeito do “homem como a medida de todas as coisas”.

Eurípedes era um cético que duvidava da existência da verdade absoluta, e como tal se opunha a qualquer idealismo paliativo. Estava interessado nas contradições e ambiguidades, no princípio da decepção, na relativização dos valores éticos. O pronunciamento divino não era a verdade absoluta pra ele e não lhe oferecia nenhuma solução conciliatória final. (BERTHOLD, 2001, p. 110)

“[...] a mudança rege o momento” (Walter Jens).

De suas setenta e oito tragédias (das quais restam dezessete, e uma sátira) apenas quatro lhe valeram um prêmio enquanto estava vivo. (BERTHOLD, 2001, p. 110)




Nesta peça, Dioniso, o deus do teatro, avaliará os méritos concernentes a Ésquilo e Eurípedes, mas ele se revela tão indeciso, vacilante e suscetível quanto o público e os juízes na competição. Visto no espelho grosseiro e distorcido da comédia, o deus, de má vontade, força-se a tomar uma decisão: “E foi assim que eu acabei pesando feito quieijo a arte dos grandes poetas...” (BERTHOLD, 2001, p. 113)